Ah, queria que soubesses
que tudo exauriu o tempo,
fé, chama, força e alento,
mas não esgotou as preces.
As lágrimas que o coração
a estes olhos entrega,
conduzem, diluem a razão,
na ansiedade quase cega.
Fluem, não lavam da alma
esta dor que do peito se
solta,
a buscar o que nunca se
acalma,
espera nonsense pela tua
volta.
E quando a luz do dia se
cansa,
respiração suspensa,
atento,
alma seguindo pensamento,
que todas as noites se
lança,
na antevisão do momento.
Mas a última estrela
fenece,
o momento estanca, tristonho,
e alças teu vôo de sonho,
envolta na minha prece.
17.04.2009 - rev. jan/2012