Vai, que já não sou tanto
assim.
Abandonei, meus despojos
reparti.
Renunciei, soltei amarras, saí
de ti,
tracei mil rotas pra fora
de mim.
Decidi...
Não quero triturar mais
pensamentos,
nem quero mais ouvir
palavra incerta.
Meus sonhos apaguei, vê se
desperta
da noite que tomou teus sentimentos.
Quero ver...
descrer, se não houver mais
argumentos,
da dor, da cor, do amor, da
consideração,
do que se faz porque nos
move o coração,
do que gravou em mim tantos
momentos,
da luz que apaziguou os
meus tormentos.
Diz por quê...
vens como vento e
atravessas
sem quebrar minhas
vidraças?
Já cumpri minhas promessas,
só não sei porque não
passas.
Fico aqui...
Não quero consertar este
meu peito,
porque não se refaz tanto
desfeito.
Procura vida, onde a vida
ainda vive,
não há como perder quem
nunca tive.
Só peço...
vai, como vento que
atravessa
sem quebrar minhas vidraças.
Já esqueci qualquer promessa,
só não sei porque não
passas.
Set-Out/2012