Por que
este sempre estar presente
aos encontros talvez
marcados,
da vida com o insuspeitado?
Por que
este crer num poder
ausente,
em dons que não me foram
dados,
em mudar fado determinado?
Por que
este não me conter,
sem nada ter a ofertar,
e depois de tantos e
tantos,
receber mais um olhar?
Um olhar surpreso,
um olhar pedindo,
um olhar perdido,
um olhar partindo,
um olhar ficando,
para sempre,
no meu olhar.
02.11.2012