por havê-la perdido,
por não tê-la trazido junto ao peito,
tantas vezes quantas
devia,
tantas quantas hoje quero
e não posso mais.
Quantas madrugadas percorremos juntos,
Quantas madrugadas percorremos juntos,
eu perdido em reflexões, recorrentes,
ela adormecida em sua dor, serena.
Quantas vezes carinhei seu corpo frágil,
Quantas vezes carinhei seu corpo frágil,
sem desviar pensamento,
sem perceber a verdade,
preciosos momentos
se esvaindo,
ficando à margem do rio eterno.
Quantas vezes adormeci, incauto,
Quantas vezes adormeci, incauto,
deixando o tempo
tirano
livre para tomá-la
de mim.
Quantas caminhadas lentas, trôpegas,
Quantas caminhadas lentas, trôpegas,
meu coração e minhas mãos ampararam,
entristecidos por não saberem
mais,
por não poderem
mais...
Quantas orações interrompidas
Quantas orações interrompidas
pela lágrima temerosa
afrontando
a fé,
antecipando a
saudade.
Não preciso dizer seu nome.
Não preciso dizer seu nome.
Não precisa me ouvir dizê-lo.
Ainda,
nada apaziguou meu coração inconformado.
Ainda,
nada apaziguou meu coração inconformado.
28/05/2011 - 03:57am