Hoje, não pude acender mais uma vela para
ti,
daquelas que se acendem diante de um
relicário,
para criar momento de isolamento, paz e
conexão.
Toquei em alguns pertences teus, queridos.
Estive nos teus lugares, agora tão
modificados pelo tempo.
Percorri a tua rota metódica, sozinho,
projetando memórias da tua imagem sobre a
grama.
Acariciei a tua ausência no vento,
sussurrei as tuas palavras preferidas, para
ninguém,
e deixei as preocupações cotidianas
perturbarem e roubarem meus pensamentos.
Hoje, só pude orar para dentro de mim,
onde persiste a tua vela sempre acesa,
iluminando saudades em meu coração.
17.03.2009 (para Dóbi)