Ontem, a tua cabecinha repousava em minha
mão,
quando a vida física deixou tua
pequena morada,
fragilizada pelo tempo.
Tua essência de amor, companhia e
carinho incondicionais,
inocência e alegria singelas,
sabedoria expressa apenas pelo olhar,
ganhou a dimensão em que transitam os
seres de luz,
finalmente liberta.
Tudo valeu e permanecerá em nós.
Mas, sempre terá sido pouco,
porque, sabemos, não existe o sempre.
Somos gratos por tudo e por todos os
momentos,
desde o início, até os preciosos
segundos adicionais
conquistados apenas pela
tua auto-superação.
As palavras que te alegravam
continuarão a ser ditas com leveza,
assim que o nó sair da garganta.
A tua casa continuará aberta e iluminada,
os teus lugares continuarão teus
e os corações e olhos continuarão
a te ver neles,
novamente feliz.
(In Memoriam - Kika, Dóbi)
04:45H 18.09.2007