Conversar comigo mesmo, com você, com Deus?
Palavras cíclicas?
Reviver momentos triturados de sobressaltos,
rasgar sentimentos amarrotados,
ouvir pensamentos metalicamente precisos,
atravessando a memória inalterada,
trazendo o ontem para dentro do coração?
Palavras perdidas?
Falar da dor que não passa,
dos momentos de ausência em que te chamo,
ansiando descobrir o que a mente não
compreende?
Recriar a oração e a fé,
esperar merecer a graça,
alimentar a mesma esperança decepcionada
dos tristes ilusórios dias da infância?
O que restou?
16/10/2007 - rev. agosto 2013