Diante de incontáveis
legiões
de enfermos, famintos,
miseráveis,
surtados, viciados,
discriminados, injustiçados,
agredidos, explorados,
perseguidos,
expulsos de
seus lares pelas guerras e pelo crime,
desabrigados,
abandonados, desalentados,
todos, como
nós,
passageiros desta
Nave Mãe abençoada...
Chega de
"eu sofri".
Chega de
"eu sinto".
Chega de
autocomiseração!
Chega de "eu
preciso".
Chega de
"eu mereço".
Chega de
"eu quero".
Chega de
irrelevâncias!
Cabe somente
gratidão pela ventura de sermos quem somos,
pela ajuda e pelos
benefícios recebidos deste e de outros planos,
ao longo
desta vida.
Os
privilégios do ser e do ter
trazem o
dever moral de mover continuamente
pensamentos,
intenções, palavras, atitudes e ações,
para levar alguma
forma de caridade aliviadora
a quaisquer
dos nossos irmãos necessitados,
humanos ou
sencientes.
Fora da
caridade, não existe salvação.
mar.2018