Ah, essas pessoas...
Consideram importantíssimo ter imensa quantidade
de amigos e seguidores virtuais.
Tornaram-se intensamente dependentes de dopamina e serotonina movidas a comentários,
likes e correlatos, obtidos em incontáveis vídeos, fotos e opiniões, postados
em suas redes sociais, grupos de mensagens etc., onde imergem numa vida virtual (possivelmente) melhor do que a real.
Precisam continuamente dessa aprovação social virtual, acreditando que os autores
de cada reação positiva tenham avaliado atentamente
e reverenciado tudo aquilo que postaram, inclusive sobre suas atividades mais
cotidianas, particulares e banais.
Assim, também precisam incessantemente conceder atenção imediata aos seus contatos virtuais,
de modo que julgam absurdo priorizar pessoas reais bem
à sua frente, ou dar atenção exclusiva a
quem quer que seja.
Fizeram-se "ligeiramente
dispersivas", não suportando mais do que uns poucos minutos de
leitura que exija algum esforço neuronal.
Inadvertidamente autocêntricas, perderam a empatia
para com os "problemas dos outros", monopolizando
as raras conversas mais demoradas, pouco importando se as almas dos interlocutores
já estiverem implorando para sair dos corpos.
Não desista delas!
Essas pessoas só precisam de rehab.
Novembro.2018