O espírito voa.
A mente gira,
obsessivamente,
perscruta,
engendra soluções,
workarounds,
escapatórias,
preces.
Ah, calamidade!
Jamais um "se",
mas, garantidamente,
um
"quando",
tão mais cedo
quanto maiores as sandices
da espécie arrogante,
destrutiva.
Não!
Não nos atingiu um cataclismo inevitável.
Nenhuma ejeção de massa coronal solar.
Nenhum killer asteroid.
Nenhum mega-terremoto.
Nenhum mega-tsunami.
Nenhum inverno vulcânico.
Mas,
dos corpos dos sencientes
arrebanhados, cevados, confinados (que ironia...),
caçados, traficados, explorados, abusados,
devorados,
desperta a entidade nem viva nem morta,
incubada,
letal em sua simplicidade maquiavélica,
feroz qual vingança dos seres inocentes
vilipendiados,
incapazes de conceber o mal.
E sobrevém a hecatombe.
A Humanidade a semeou.
Dedicado àqueles a quem sirva a carapuça,
nestes
tempos de Corona Virus - SARS-2.
fev-2020 - abr-2020
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