A vós, estelionatários
intelectuais, imorais,
de todas as raças,
castas, estirpes, crenças, ideologias.
Cultivadores,
fabricadores, disseminadores
de mentira, distorção,
discórdia, conflito.
Línguas soltas
das piores palavras.
Oportunistas dos
piores momentos.
Seres das
trevas dissimulados.
A vós, exploradores
da ignorância,
da ingenuidade,
da credulidade, da miséria.
Incompetentes
vaidosos, ambiciosos, ardilosos.
Executores tendenciosos,
truculentos,
de poderes
que não vos pertencem.
Destruidores de
vida e esperança,
em nome da privilegiatura
devassa,
despudorada.
A vós, narcisistas,
hedonistas, autocêntricos,
omissos de
mãos, coração e alma.
A vós,
entediados inertes,
ruminadores, murmuradores
ingratos,
indiferentes
às bênçãos talvez imerecidas.
A vós, arrogantes
pretensiosos, irresponsáveis sem limites,
em vossos bunkers
high-tech, a manipular, adulterar
o visível, o
invisível, o inimaginável da Criação.
A vós,
heróicos lutadores cotidianos,
de todas as
raças, castas, estirpes, crenças e ideologias.
Cultivadores,
fabricadores, disseminadores
de pão,
saber, cuidado, atenção, cura.
Compadecidos enunciadores
das melhores palavras.
Oportunistas da
concretização do bem.
Seres
humanos, simplesmente.
A Revelação
já se anuncia,
das verdades não
percebidas,
da tragédia a
gravidade, a letalidade,
a dimensão, a
duração.
O Momento já
se anuncia.
Trigo e joio finalmente
desvelados
e separados para sempre.
02-2020 - 05-2020