das profundezas do espaço,
seus olhos hipnóticos querem reger
meus pensamentos.
Sei da sua presença, perene.
Sabem da minha, efêmera.
Reinam em seus domínios, impassíveis,
conhecem os seus destinos.
Viajo nesta nave maltratada,
sem norte.
Sei da fúria de seus corações estelares,
transmutada em brilho multicor, ilusório.
Nada sabem deste ser viajante,
mera essência, livre, etérea.
A visão não percebe o que a luz não revela.
Nenhum farol, nenhuma bruma clara,
mas prossigo singrando pelas madrugadas,
enquanto seus olhos ainda observam,
indiferentes,
minhas mensagens feitas de mãos
e palavras e sentimento,
lançadas em vão ao oceano do tempo.